Ela tem perturbado meus dias,
meus sonhos
Minhas fantasias e imaginações
Não sei ao certo se são os olhos
A cintura
ou a
mão que delicadamente ela coloca na barriga ao sorrir.
Talvez Neruda quisesse ser penteador dos seus cabelos;
Drummond fizesse dela Um Mito;
Machado não
encontraria nela a simulação
E Luís da Silva não sofreria de angústias ao enamorá-la.
Ela é poesia
Encanto
e arte.
Falta-me
tempo para celebrar todas as suas qualidades
Não sei ao certo se é a voz;
o
sorriso;
ou a doçura
nos gestos.
Terna
e-terna!
Não há nela o que eu não ame
Desde que me sorriu os passos são leves
Passei a conhecer as regras do
amar, quando só conhecia as do escrever
Deixei o amor entrar
O canto...
...virou encanto
Sou menos que um poeta precário
e não sei ao certo se
ela me vê
quando
discursa sobre termos de uma Ciência que desconheço
Junta os prefixos e sufixos com a mesma naturalidade que
dança
E fala de mistérios, política
me bombardeia
Eu que
não compreendo
Contento-me em vê-la
e até me apavoro...
mas volto a ser a
luz
que ela graciosamente acendeu.
Cíntia Maria
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