segunda-feira, 28 de maio de 2012


Há tantas coisas a serem ditas
Que não tem sentido
Sentimentos que se comprometem por atos
Um desejo absurdo de não ser o que se é.
O que dizer de um erro de mão dupla?
Voltar no tempo não é possível querido meu
Você não quer falar
Você quer fugir
Como um menino que com medo de ser visto
Esconde-se atrás de um caminhão.
Seus desejos desconheço
Perder você não será o meu fim.
Eu aqui penso em você
Não mais como um barco que eu havia prendido ao cais
Mas como um carro dirigido por um bêbado
Vou esperar a chuva passar
Deitada aqui na rede
Lendo o Pessoa com lágrimas nos olhos
Não de amor, nem de saudade
Apenas de arrependimento
Mas já sem dor. 


Cíntia Maria

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Quem a ver sorrindo assim não desconfia
A tempestade íntima que lhe acompanha
Nos dias, nas horas do rosto sóbrio
Vive a tácita luta ausente dos errantes.
Desejo louco de ir sempre adiante
Pra frente, sem rumo, sem meta, sem ver,
Pra frente, sem enxergar o tão distante.
Viver de cada pedaço alcançado,
Deixada de lado a suada aflição.
Ler os seus versos escritos nas noites,
Deixa os autores largados no chão,
Mede distancia a medir o seu tempo
Intimamente uma ausência a ofusca
Reprovando cada passo desequilibrado
E de poeta em poeta vai colecionando angústias.



Wagner Oliveira
Para mim.

Abandono

( Nighthawks - Edward Hopper) Há um tempo a poesia me abandonou Talvez na mesma esquina em que me perdi de mim Entre ruas escuras e c...