quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Ela não é uma obra de um escritor clássico 
Nem um sucesso da jovem guarda
Seu nome não caberia na rima de um poema
   Mas é a graça e a vida jamais encontrada num livro sagrado
Seus cabelos brilham como a noite 
      em dia que se pode ver as estrelas 
Seus olhos são doces como a primavera quando descrita por Neruda 
E seu corpo tem a forma que ninguém jamais poderá esculpir
Quando do mar as serias podem vê-la se contorcem de inveja 
No céu o anjo mais bonito sorri pra ela
Quem diria que essa mulher deitaria em meu ombro nas madrugadas depois do amor 
   e em dias tristes me faria tão feliz como uma criança descobrindo a vida
Sinto que meu corpo ganha vida quando ela me abraça  
E da igreja maior da cidade os sinos são ouvidos quando ela me beija
Ela não é a obra de um escritor clássico 
Nem aquela sinfonia tocada pela orquestra no teatro 
É muito mais que tudo isso
Ela é a amada do meu coração 
No seus gestos encontro dança  
Um dia por descuido enquanto ela passava derrubou a poesia que catei no chão. 

[Cíntia Maria]

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