sexta-feira, 11 de maio de 2012

Quem a ver sorrindo assim não desconfia
A tempestade íntima que lhe acompanha
Nos dias, nas horas do rosto sóbrio
Vive a tácita luta ausente dos errantes.
Desejo louco de ir sempre adiante
Pra frente, sem rumo, sem meta, sem ver,
Pra frente, sem enxergar o tão distante.
Viver de cada pedaço alcançado,
Deixada de lado a suada aflição.
Ler os seus versos escritos nas noites,
Deixa os autores largados no chão,
Mede distancia a medir o seu tempo
Intimamente uma ausência a ofusca
Reprovando cada passo desequilibrado
E de poeta em poeta vai colecionando angústias.



Wagner Oliveira
Para mim.

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